Sedutora, linda e abençoada

>> domingo, 16 de janeiro de 2011

Com um pouquinho de sorte e muita beleza, a atriz Paola Oliveira será pela primeira vez a protagonista na novela das 9. Agora, ela quer provar que, acima de tudo, também é talentosa.

A cena aconteceu em outubro passado. Assim que Paola Oliveira chegou em casa, vinda de uma consulta médica, seu celular tocou. Do outro lado da linha, o diretor Dennis Carvalho foi direto ao assunto: “Você quer ser a protagonista da próxima novela?”. Atordoada, ela mal teve tempo de respirar fundo antes de aceitar o convite. Carvalho, então, lhe passou as coordenadas. No dia seguinte, ela teria de embarcar para Florianó-polis, onde uma equipe já havia iniciado as gravações de Insensato Coração, que estreia nesta segunda-feira (17) na Rede Globo. Ao desligar o telefone, caiu em si, teve uma tremedeira e chorou. Toda a urgência era em razão da saída abrupta de Ana Paula Arósio do elenco. De acordo com a versão oficial, a titular ficou insatisfeita com sua personagem e decidiu pular fora pouco antes das primeiras tomadas (por causa disso, passou a ser chamada nos corredores do Projac de “aquela lá” e acaba de rescindir seu contrato com a emissora). Alheia aos motivos da desistência, Paola, que iria trabalhar em outra produção, ganhou assim seu primeiro papel principal em horário nobre. Por obra do acaso, essa não foi a única vez que um lance do destino lhe impulsionou a carreira. Na verdade, sua trajetória profissional lembra um daqueles contos infantis em que uma fada madrinha invisível balança a varinha e resolve os problemas da mocinha. “O trem da sorte abriu as portas e eu entrei”, reconhece a atriz de 28 anos.
Filha mais velha do major reformado da PM José Everardo e da ex-auxiliar de enfermagem Daniele Helena, Caroline Paola Oliveira da Silva nasceu e cresceu na Penha, bairro paulistano de classe média. Aos 10 anos, já trabalhava numa confecção mantida pelos pais como uma segunda fonte de renda. Simplesmente detestava as funções que lhe eram confiadas: ensacar as peças e carregar as sacolas de roupas. Suas férias eram passadas em casa, jogando bola com os irmãos, Leonardo, 25 anos, e Juliano, 24. No máximo ia para Guapiara, cidade a 270 quilômetros de São Paulo, terra da família materna. Como o dinheiro era contado, frequentou apenas escolas públicas e matriculou-se em um curso de inglês já adulta. Sua primeira viagem internacional foi para Portugal, em 2007. Desde pequena, porém, era dona de uma beleza que chamava atenção. Na adolescência, os rapazes a paqueravam com intensidade, fazendo com que o pai durão a levasse e buscasse nas festinhas. Por insistência das amigas, mesmo se achando gorduchinha e com quadris largos, decidiu preencher aos 17 anos uma ficha numa agência de modelos. Não tinha book nem nada. Apenas umas fotos caseiras. “Ninguém podia imaginar que aquilo fosse longe. Todo mundo achava que ela ia desistir”, lembra a tia Abigail Oliveira, 45 anos. 

E quase aconteceu. As seleções eram cansativas, a insegurança grande. Paola cursava a faculdade de fisioterapia, chegando a estagiar em casas de repouso. Aos 21 anos, já formada, estava prestes a tentar um concurso para a Santa Casa de Misericórdia. Parecia que tudo se encaminhava para uma vida longe dos holofotes. O golpe do destino veio durante a gravação de um comercial de uma marca de suco, em que ela esnobava o ator Marcello Antony. Sua estampa chamou a atenção de um produtor de elenco da novela Belíssima. Convidada por ele, fez seu primeiro e único teste de câmera para a Globo. Entre dezenas de gravações, apenas a dela saiu sem som e teve de ser refeita. Ninguém sabe até hoje se foi azar ou se a falha técnica acabou por beneficiá-la. Aprovada, mudou-se para o Rio, onde está radicada desde 2005 e hoje mora em uma casa de dois andares e quatro quartos na Barra. De lá para cá, vem emendando um papel no outro. Encarnou a sofrida Sônia em O Profeta (2006) e depois interpretou a professora de tênis Letícia, em Ciranda de Pedra (2007). A confirmação de que não era apenas mais um rostinho bonito veio com a vilã Verônica, em Cama de Gato (2009), uma vez mais com um bafejo da sorte. Na verdade, ela queria fazer a boa moça da trama, papel que coube a Camila Pitanga. 

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